Se quiseres saber aonde tem depositado tua fé, e o sentimento que usas para conduzir tua vida, tem duas alternativas. A primeira é aquietar-se e olhar para dentro. Em suas primeiras tentativas, pode ser que o demasiado apego aos sentidos faça parecer que silenciar é impossível, mas nem que leve uma hora, deixe que o mundo se aquiete contigo. Ao conseguir finalmente deixar pra trás o mundo sugerido pelos sentidos, simplesmente sinta. O que sentes? Está escuro? É um lugar amedrontador e frio? Ou tudo é luz, alegria e aconchego? Onde você acha que está? Na casa de teu Pai ou na ilusão que fizeste? Se te encontras nas trevas, por quanto tempo mais acha que pode agüentar? De quanto tempo mais ainda precisa para deixar que a luz finalmente te alcance?
Tua segunda opção, ao tentar reconhecer o sentimento que mais usa é olhar pra fora. Pois tuas ações lhe são mostradas de forma a justificar o que cultiva dentro de ti. O que vês? Esta de joelhos ao lado do teu irmão caído ao chão, ou teme em olhar para trás quando uma voz te chama? Estende a mão para o próximo que é tu mesmo, ou acredita que ele sequer existe? Meu irmão, a voz que te chama na escuridão não quer lhe aprisionar. Essa foi a voz que teu Pai lhe enviou para falar por ele em um lugar onde tu não O deixou entrar. Seu filho só pode negar Sua herança em um pesadelo. Tu não podes aprisionar a mente do filho de Deus, exceto em um mundo louco onde o impossível parece ser real, pois dessa forma, estaria aprisionando o próprio Pai. Como não sentir medo em uma situação dessas? Lutando contra teu próprio Pai.
A paz que lhe foi prometida já foi entregue e aguarda paciente para ser reconhecida. Até que tu a reconheças, as vozes enviadas por Ele não vão parar de te chamar. Ah e como elas chamam. A Sua voz está em tudo.
A voz que tu acreditas vir da escuridão quer tua presença para que possas iluminar o mundo. Ao reconhecer as trevas em ti, ela vira luz, e só assim, o filho pode finalmente assumir seu papel no plano do Pai para a salvação. Olha teu irmão além do julgamento, pois só pode ver pecado em um corpo (olha além), e enquanto existir um corpo veras o pecado. O corpo que tu aprisiona teu irmão é tua própria prisão. Tu e ele não sois corpo, porque teu Pai não é. E ao reconhecer isso, o corpo que vias meramente te é apresentado como uma moldura que abriga o filho de Deus. Olhe para o quadro, não se distraia com a moldura propositalmente adornada para esconder a Verdade de ti. A moldura não é nada, no entanto, tu depositaste toda tua atenção e preocupação com os adornos que colocaste nela, pensando que assim atrairia a atenção de teu irmão. Não use o corpo para atrair um irmão, pois assim continua a aprisionar a si mesmo em um lugar onde a Luz não pode te alcançar.
No céu, dar e receber são absolutamente a mesma coisa, e se acreditasse por um instante que tu nunca saíste de lá, não negarias teu sentimento mais nobre nem a um inseto. Não reconhecerás o que tem até que ofereças ao próximo, e essa é a verdade.
Você foi criado do Amor, que é tua herança Divina. Ao negar isso estará negando o reconhecimento de si mesmo.
2 comentários:
Gostei meu irmão, faz sentido o que escreves, a tua mensagem me toca no intimo, virei muitas vezes a este blog.
Paz Profunda.
Olá meu irmão, esse texto nos faz refletir sobre a conscientização de nós mesmos. E me fez lembrar um pequeno texto de Marianne Williamson:
"Separados do amor, estamos separados de Deus. Separados de Deus, estamos separados de nós mesmos. E, separados de nós mesmos, ficamos insanos"
Namastê.
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